Contabilidade

Investimentos em startups: Razão x Emoção

O ano passado bateu o recorde de investimento em startups. Ao todo foram quase US$ 9 bilhões até o mês de novembro, contra US$ 3,628 bilhões em 2022, segundo dados da plataforma Distrito.

Atrai cada vez mais os investidores uma possibilidade de diversificação de patrimônio com possibilidade de boa rentabilidade e o sonho de acertar um futuro unicórnio (startup com capitalização acima de US$ 1 bilhão). O Brasil conta hoje com 24 unicórnios em operação, sendo que, estes, 7 são fintechs.

É preciso no entanto, que torna unicórnio a noite para o dia não se observar, ocorrer, é um caminho. Requerer inovador, mas sim um plano de negócios coerente, estudos de mercado e empreendedores engajados para rever a rota quando necessário, ou que nenhum jarro de mercado seja razoável de pivotagem.

A está bem longe da espera, como aconteceu com os milhões de brasileiros que fizeram sobre planos o que fazer com a fortuna após o sorteio da Mega Sena da Virada. Investir em uma startup não deve ser uma aposta, mas resultado de um estudo. O primeiro passo é ter a percepção sobre quem são os gestores. São apenas os jovens que acreditam numa ideia única que vai revolucionar o mercado?

Tais empreendedores estudaram suficientemente o mercado para entender se seu produto é tão inovador assim? Qual a demanda potencial? É escalável? Será preciso desembolsar a caixa, queimando recursos preciosos para conquistar tal demanda? Quanto, por quanto tempo? É sustentável?

São perguntas que, num olhar, podem parecer muito básicas, por serem um tanto óbvias. Mas isso não é bem assim.

Na expectativa de ganhar mais de R$ 300 milhões na loteria, muitos se esquecem que a probabilidade de acertar os números é de 0,000000… alguma coisa. Da mesma forma diante do sonho de acertar umcórnio, a obviedade é mantida unido pela ansiedade.

Esses erros são mais comuns do que imaginamos. Recentemente, analisamos 628 startups que se candidatam à captação de recursos.

Deste total, somente 2%, ou 8 empresas, foram aprovadas para lançamentos de projetos na plataforma. Os motivos para o não foram diversos, mas alguns casos chamam mais atenção.

É comum o que se imagina o mais fácil de empreendedores não terem uma estratégia e nem dados, acreditando que o dinheiro está e, por isso, podem captar somente de forma gigantesca.

A análise que 24, 6% das startups não sabiam definir claramente qual seria o futuro do negócio ou sequer contavam com finanças. Esta falta de planejamento leva a outro equívoco básico: o produto da startup que se intitula o próximo unicórnio não tem demanda.

Mas ainda há outro ponto que deve aumentar o sinal vermelho na hora de escolher onde deve portar recursos: a pressa da inicialização em receber o recurso. A empresa já queimou o caixa, muitas vezes, equivocadamente e precisa de dinheiro para ontem. Não se toma boas decisões por impulso.

Para 2022, mesmo com os juros mais altos, devem ser oferecidos uma nova enxurrada de recursos para startups e mais unicórnios surgir.

Para tirar proveito do movimento e diversificar seu, o investidor deve lançar mão de planejamento, estudo e cautela. Equívocos acontecem, mas os riscos podem ser reduzidos quando a razão dá lugar à emoção.

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apareceu primeiro em 2022Jornal Contábil – Contabilidade, MEI , Crédito, INSS, Receita Federal.